A Palavra "Macarrão" vem do grego "Makària".(Caldo de carne enriquecido por pelotinhas de farinha de trigo e por cereais, cerca de 25 séculos atrás). A palavra "pasta" (massa dos italianos) vem do grego "Pastillos" (Pastillos é citado em seus textos por um poeta, especialista em versos culinários, o grande Horácio). Finalmente, os latinos dos entornos de Cristo já se deliciavam com um prato batizado de "macco" (Caldo de favas e massas de trigo e água.). Seguramente, da reunião dessas influências, aparecem na Ilha da Sicília, cerca de mil anos atrás, o verbo "maccari" (significa esmagar ou achatar com muita força). Assim, na ilha da Sicília o homem civilizado, pela primeira vez na história, aprendeu a fazer os "maccaruni" (Combinações de trigo moidíssimo com água fresca e alguns goles de vinho branco, relíquia de antologia). Tudo isso já ocorria por volta de 1100 e Marco Polo só nasceria em 1254. Portanto a lenda está desmistificada. De que maneira então surgiu a lenda da descoberta do macarrão por Marco Polo na China? Para os pesquisadores o episódio é facílimo de ser explicado. Marco Polo era filho e sobrinho de poderosos comerciantes de Veneza. Aos 17 anos, portanto em 1271, Marco Polo acompanhou o pai e o tio numa expedição ao Oriente . Em 1295 Marco Polo retorna a Veneza e inicia a redação de suas memórias, em livro de aventuras fantasiosas, intitulado "Il Millione". Polo citou em um pequeno parágrafo a sua empolgação por uma planta, O "Sagu", da qual os nativos de Fanfur faziam "Mangiari di Pasta assai e buoni" (Comidas de Massas suficientemente gostosas). No original do livro de Marco Polo não há a menor referência ao trigo e ao macarrão. Entretanto, tempos depois Giambattista Ramusio, ao editar o livro do mercador de veneza, decidiu em uma de suas partes explicar melhor o que seria a planta do Sagu e no rodapé da página assim a definiu: "Com tal produto se faz uma farinha limpa e trabalhada, que redunda em lasanhas e nas suas variedades, elogiadas e levadas pelo Polo a Veneza em suas malas". O editor, ao fabricar a "falcatrua" no livro de Marco Polo, desnaturou a sua raiz ancestral. Transformou em chinês um produto que era legitimamente, autenticamente, verdadeiramente italiano. Ainda há um registro de 1279 de um soldado genovês, Ponzio Bastione, que deixou de herança à sua família uma “cestas de massas” que ele chamou de “macarronis” e este é o único registro histórico que conhecemos da época de Marco Polo. Conta a história que o navegante Marco Polo depois de passar 17 anos na China, trouxe o macarrão para Veneza, mas essa história não é comprovada e é bastante similar à do soldado genovês descrito logo acima. A versão mais aceita da história é a de que os árabes são os inventores do macarrão. Quando da conquista da Ilha de Sicília no século IX, usavam uma massa seca que eles chamavam de Tejia, devido sua alta durabilidade nas travessias promovidas pelo deserto. Naquela época, a Sicília era um importante centro do comércio e exportação do macarrão. Dentre as diversas histórias uma coisa é certa: os maiores divulgadores do macarrão em todo o mundo são os italianos, que através dos tempos inventaram mais de 500 variedades de tipos e formatos, como também acrescentaram na receita do macarrão um ingrediente nobre: o grano duro. Os italianos também promoveram um dos casamentos mais perfeitos da história da culinária: o bom sabor da massa com o delicioso paladar do molho de tomate, fato que mudou para sempre a história do macarrão. A massa seca sem o molho era consumida com as mãos. Com o advento do molho de tomate na massa exigiu-se então a utilização de uma espécie de forquilha, o antecessor do garfo, que acabou revolucionando o modo de como o homem comum se alimenta. No Brasil, dos 10 pratos mais consumidos, 4 deles são massas italianas, 1º lugar a Lasagna, 3º lugar o Spaghetti, 5º a Pizza e em 7ºlugar o gnocchi, vencendo pratos como a feijoada e o churrasco, não há mais dúvida que as massas e as receitas italianas em si, se encorparam a menu diário das mesas dos brasileiros.
Gravatinha com Atum e Ervilhas ao perfume de Limão Siciliano |
Texto e foto do Chef Paulinho Pecora
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