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Doce de Buriti





O termo buriti é a designação comum das plantas dos gêneros Mauritia, Mauritiella, Trithrinax e Astrocaryum, da família das arecáceas (antigas palmáceas).


Mais especificamente, o termo costuma se referir à Mauritia flexuosa, uma palmeira muito alta, nativa de Trinidad e Tobago e das Regiões Central e Norte da América do Sul, especialmente de Venezuela e Brasil.

Neste país, predomina nos estados de Roraima, Rondônia, Amazonas, Pará, Maranhão e Piauí, mas também encontra-se nos estados do Ceará, Bahia, Goiás, Tocantins, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Acre, Rio de Janeiro, São Paulo e no Distrito Federal

É também conhecida como coqueiro-buriti, buritizeiro, miriti, muriti,muritim, muruti, palmeira-dos-brejos, carandá-guaçu e carandaí-guaçu.

Doce de Cajuí



Espécie do Cerrado


Cajuí, cajuzinho-do-cerrado ou cajuzinho-do-campo são os nomes dados aos cajus nativos do bioma Cerrado

Espécies ainda pouco estudadas, Anacardium nanum eAnacardium humile, são plantas de porte arbustivo encontradas nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e no Distrito Federal e no Piauí existe também.


O pseudofruto é conhecido possui cores que variam entre amarelo e vermelho. 
É pequeno, de sabor ácido e suculento. Pode ser consumido ao natural ou em sucos, bebidas, doces. Porém, seu fruto verdadeiro é a castanha. 

O óleo da castanha contém cardol e ácido anacárdico. É utilizado para fins medicinais, em virtude de sua ação antisséptica e cicatrizante.

https://www.cerratinga.org.br/cajui/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Buriti





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CULINÁRIA PIAUIENSE




Origens da Culinária Piauiense 


Influência Indígena

A culinária piauiense destaca-se das demais do nordeste devido à sua rica herança cultural. O sabor característico foi estabelecido pelos indígenas, os primeiros habitantes da região, cujas refeições eram à base de milho, mandioca, palmito, macaxeira cozida, abóbora, peixes, preás, mel e pimenta da terra.

Contribuições Portuguesas e Africanas

Posteriormente, os portugueses e africanos introduziram novos elementos à culinária local, sem, no entanto, eliminar suas raízes indígenas.

Ingredientes e Pratos Tradicionais

Ingredientes Característicos

A tipicidade da culinária piauiensereside no uso frequente de ingredientes como farinha de mandioca, cheiro verde, cebolinha branca da região de Picos, corante de urucum e pimenta de cheiro.

Pratos Tradicionais

Diversos pratos são emblemáticos da culinária piauiense, tais como batido de carne, quibebe ou capiau, Maria Isabel, baião de dois, pintado ou mugunzá, entre outros.

Produtos Regionais e Processos Tradicionais

Farinha de Mandioca e seus Derivados

A produção da farinha de mandioca é um ritual tradicional no Piauí, envolvendo o aproveitamento integral da raiz e resultando em subprodutos como goma e puba, amplamente utilizados na culinária local.

Especialidades Regionais

Cada região do Piauí possui suas próprias especialidades culinárias, como a carne de sol em Campo Maior, o bode assado em Picos e a abobrada em Corrente.

Doces e Bebidas Típicas

Doces Caseiros

Os piauienses são conhecidos por seus doces caseiros, destacando-se o doce da casca de limão azedo e as compotas de diversas frutas regionais.

Bebidas Típicas

A cajuína, produzida a partir do caju, é uma das bebidas típicas mais conhecidas do Piauí, além de licores e drinks naturais derivados de frutos regionais.

Potencial Econômico e Perspectivas Futuras

Potencial da Cajuína

O Piauí possui um grande potencial na produção de cajuína, o que tem implicações significativas no mercado de bebidas do estado.

Utilização Integral dos Produtos Regionais

Além da cajuína, outros produtos regionais como a castanha são utilizados de forma integral, seja na culinária ou na produção de adubo orgânico.

Lista de Comidas Tradicionais

Neste capítulo são listadas diversas comidas tradicionais piauienses, incluindo pratos como abobrada, baião de dois, carne de sol, entre outros.

Segue abaixo uma lista mais detalhada das comidas tradicionais do Piauí:

  • Abobrada: Preparada com abóbora, ovos, leite, açúcar e canela.
  • Angu de Milho: Feito com farinha de milho, carne fresca batida ou moída e ovos.
  • Arroz de Leite: Arroz cozido misturado com leite.
  • Arroz Doce: Preparado com arroz, leite, açúcar, cravo e canela.
  • Arroz Doce com Leite de Coco Babaçu: Variação do arroz doce com adição de leite de coco babaçu.
  • Arroz Misturado com Galinha ou Capote: Combinação de arroz com carne de galinha ou capote.
  • Baião de Dois: Mistura de arroz e feijão, eventualmente com toucinho.
  • Buchada: Vísceras cozidas e costuradas dentro do estômago do animal.
  • Cabeça de Galo: Pirão escaldado com ovos.
  • Cafofa: Frito de tripa de carneiro ou bode.
  • Caldeirada de Camarão: Prato à base de camarão cozido em caldo.
  • Capiau: Picadinho de macaxeira com carne-seca.
  • Caranguejada: Preparada com caranguejos.
  • Carne de Sol: Carne de gado preparada com sal e exposta ao sol.
  • Carneiro ou Bode Cozido com Leite de Coco: Carne de carneiro ou bode cozido com leite de coco.
  • Carneiro ou Bode Assado na Brasa: Carne de carneiro ou bode assado na brasa.
  • Carneiro ou Bode Feito Risoto: Carneiro ou bode preparado como risoto.
  • Carne Seca de Gado ou Criação: Carne seca preparada com sal e seca ao sol.
  • Casquinha de Caranguejo: Casquinha recheada com carne de caranguejo.
  • Chá de Burro: Milho cozido com leite, açúcar e canela.
  • Coalhada: Leite coalhado servido com rapadura ralada.
  • Cozidão: Carne com legumes e verduras cozidos em caldo, acompanhado de pirão.
  • Escaldada de Tapioca: Goma de mandioca escaldada com leite fervente.
  • Feijão de Pequi: Feijão preparado com pequi.
  • Frigideira: Ovos batidos com carne moída e mamão verde.
  • Frito: Carne frita misturada com farinha de mandioca.
  • Galinha Caipira ou Capote: Galinha ou capote cozidos ao molho pardo.
  • Guisado de Carne de Porco: Guisado preparado com carne de porco.
  • Mão de Vaca: Cozido preparado com ossos, unhas e nervos de gado.
  • Maria Isabel: Risoto de carne de sol com arroz.
  • Maxixada: Maxixe preparado com carne seca.
  • Mingau de puba: Mingau preparado com puba.
  • Mungunzá: Milho cozido com pé de porco, toucinho e linguiça.
  • Palmito de Babaçu com Carne Picada: Palmito de babaçu com carne picada.
  • Panelada: Feita com tripas e demais partes do intestino do caprino.
  • Peixe Cozido: Peixe cozido com leite de coco e acompanhado de pirão de farinha.
  • Peixe Frito: Peixe frito no óleo de babaçu.
  • Pintado: Mistura de milho com feijão cozidos com pé de porco e toucinho.
  • Pirão: Preparado com caldo fervente e farinha de mandioca.
  • Quibebe Mole: Carne seca picada misturada com jerimum ou abóbora.
  • Requeijão: Tipo de queijo feito com coalhada escorrida e manteiga.
  • Sarapatel: Preparado com sangue e vísceras de criação ou de porco.

Esta lista abrange uma variedade de pratos típicos que representam a riqueza gastronômica do Piauí.


Fonte: Revista Virtual Partes




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Por Ale Staut, de Teresina, Piauí
Fotos Luna Garcia
Bacuri
Quando o assunto é cultura nordestina, o Piauí ainda é pouco citado. Pura injustiça. O Estado é surpreendente para quem gosta de descobrir novos costumes e tradições. Nesse contexto, a gastronomia local tem um destaque todo especial. E seu povo, orgulhoso, adora celebrá-la. Basta sair às ruas da capital e perguntar a qualquer pessoa qual o prato típico do lugar. Você vai ter uma aula sobre os sabores da terra e, logo, vai sair pela cidade com todas as dicas de onde comer a carne de sol perfeita, o melhor capote (galinha-d’angola) e quem faz a melhor Maria Isabel (mistura de arroz com carne de sol em cubinhos e legumes). Vai saber ainda onde provar um crocantíssimo bolo frito e o doce de limão mais cremoso.
Para entender melhor o Piauí, é preciso um parêntese histórico. Ali, como em todo o Nordeste, a culinária local foi estabelecida pelos indígenas. A base da alimentação era milho, farinha de mandioca, palmito, macaxeira cozida, abóbora, peixes, preás, mel e pimenta-da-terra. Depois, com a chegada dos portugueses e africanos, houve o interesse pela carne vermelha e pelos frutos locais, como o bacuri, a manga, o buriti – até hoje extraído de palmeiras nativas, como naquela época. “Essa técnica é simples e ainda muito comum aqui. E mostra que a tipicidade local está em utilizar esses ingredientes que crescem no meio do mato. O receituário, porém, se sofisticou”, diz o chef Luciano Mendes, responsável pela cozinha do bistrô anexo à loja de vinhos Grand Cru.Pelo jeito, extração parece mesmo ser a palavra-chave quando se fala nessa culinária, que esbanja receitas com frutas. Um reflexo natural da abundância de árvores frutíferas que compõem o Estado. A capital, Teresina, aliás, é toda cheia de mangueiras e buritis, que enfeitam as calçadas, os quintais, as praças e os parques públicos. Além de muito verde, o que chama atenção na cidade é a quantidade de barraquinhas de comida típica. Nelas, vendem-se pirão de carne, muitos tipos de farofa e frituras diversas, como a de ovos, de galinha, de capote, de caças e, ainda, torresmos. O cardápio inclui a paçoca, um prato indispensável na mesa do piauiense, e o batido de carne, que leva carne fresca picadinha com macaxeira, maxixe, jerimum, abóbora e quiabo. Tudo isso regado a muito cheiro-verde, manteiga de garrafa e nata. Esse passeio pelas barracas é mesmo para quem tem fome. Na comilança obrigatória estão também os pratos de carne com folhas, como a vinagreira e unanimidades locais como a Maria Isabel, preparo em que o arroz pode ser misturado não apenas à carne-seca de boi, mas também à de bode, capote, galinha caipira e pato.  “Cultura e gastronomia típica (boa) temos de sobra. O problema é que há baixa estima da população e certo olhar do Brasil como se aqui vivêssemos no meio da terra seca”, diz Sandra Terra, secretária de Cultura do Estado há oito anos. “As coisas estão mudando. Hoje, o piauiense já tem esse sentimento de pertença de sua terra e de suas tradições.” Sandra ainda observa que à medida que o povo se dá conta de sua riqueza cultural e culinária, a gastronomia local se aprimora. “Além disso, percebo que o paladar fica cada vez mais apurado por aqui.”
Justamente para qualificar tudo o que se refere à culinária local, o Sebrae criou há dois anos o festival culinário Sabor Maior, que acontece na cidade de Campo Maior, há 100 quilômetros da capital. Nos dias em que a reportagem de PRAZERES DA MESA esteve no Piauí, acontecia a segunda edição do evento gastronômico, que reuniu quituteiros diversos, entre donos de restaurantes, banqueteiros, doceiras, criadores de gado. “Resolvemos fazer o evento em Campo Maior, pois este é o berço da culinária do Estado. A cidade já foi o maior polo exportador de carne de sol do mundo, pois temos aqui muitos criadores de gado. Isso até o porto da cidade de Parnaíba, no litoral, ser desativado. Como há bastante matéria-prima no local, a gastronomia se incrementou”, diz Céres Maria Rebêlo Macêdo, gestora de turismo do Sebrae.  O crescente interesse pela culinária local abriu espaço para a criação do primeiro curso superior de gastronomia de Teresina, na Universidade Nova Fapi. “Sempre quis estudar gastronomia e acabei me mudando para o Ceará, onde iniciei parte do curso na Universidade Federal de lá. Assim que o curso daqui foi aberto, voltei para o Piauí”, afirma Zaira do Vale, aluna da primeira turma do curso.  A nova cena gastronômica local agradou em cheio aos gourmets, que antes viajavam para Brasília e São Paulo em busca de novidades. Caso do empresário Marcelo Albuquerque. “Hoje encontro bons restaurantes ao lado de casa”, diz ele, que cria faisões – um de seus pratos prediletos – e que faz questão de reunir amigos para prestigiar os restaurantes de Teresina. Se há cinco anos era raro encontrar um restaurante mais gourmet na capital, hoje há mesas que nada deixam a dever às de outras capitais nordestinas. Exemplo disso é o bistrô da loja de vinhos Grand Cru e a rede Favorito, do empresário Paulo Tajra Melo, que investiu nos últimos anos em nove negócios. Todos diferentes entre si: o Favorito Aroma Árabe, o Favorito Grill, o Favorito Pizzaria & Bar, um casual bar, duas churrascarias, um restaurante de comida típica, um bistrô e uma pâtisserie. “Cada um tem conceito próprio, numa interpretação clara de que a tendência à diversificação traz benefícios à sociedade. Teresina pedia restaurantes modernos e qualificados”, diz Tajra Melo. Num de seus restaurantes, o Favorito Bistrô, encontramos como chef executivo Naim Santos, piauiense que fez bonito em São Paulo. Na capital paulista, o currículo carrega passagens pelo restaurante Cantaloup e uma grande experiência ao lado do francês Laurent Suaudeau. “Não tive dúvidas quando recebi o convite para retornar ao Piauí. Precisava estar aqui neste momento em que a culinária está em evidência”, diz o chef.  Se há hoje mais espaço para a gastronomia contemporânea, com seus pratos inventivos de inspiração internacional, Teresina nunca deixou de preservar seus sabores primitivos. Isso pode ser visto tanto nas casas mais sofisticadas – que não deixam de celebrar o receituário tradicional – quanto nas mais simples, como no Pesqueirinho, um dos restaurantes mais pedidos conforme o proprietário, Edvaldo Robert da Silva, é o ensopado de piau, o peixe de água doce que deu nome ao Estado. Ali, com uma vista linda para o rio, é possível provar frigideiras, caldeirões e mexidos de peixe, caranguejos refogados, peixadas ao leite de coco de babaçu, pratos que ficam perfeitos com um copo geladinho de cajuína, suco dourado de caju, considerado até pouco tempo a expressão máxima da gastronomia local.

Fonte: http://prazeresdamesa.uol.com.br/exibirMateria/2880/piaui-muito-alem-da-cajuina

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Autoria

A Gastroteca Virtual foi criada por Ingrid Abs, uma bibliotecária com formação em biblioteconomia, com ênfase em pesquisa gastronômica, Marketing Digital e Gestão em Segurança Alimentar. Devido à sua experiência e conhecimento, Ingrid percebeu a necessidade de criar um espaço de informação gastronômica. Além disso, a Gastroteca Virtual também produz conteúdos para ajudar na formação profissional de profissionais da gastronomia e empresários do setor de alimentação.

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