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Fazenda Maria e sua inovação no mercado gastronômico
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Chef Ferran Adrià fala sobre "Wikipédia gastronômica"
Chef Ferran Adrià fala sobre "Wikipédia gastronômica"
O chef espanhol esteve em São Paulo e falou sobre a Bullipedia. |
A Bullipedia será uma biblioteca on-line colaborativa de gastronomia e irá catalogar e organizar ingredientes, técnicas, preparos e teses sobre alimentos, com ajuda de universidades e escolas especializadas do mundo todo, além de especialistas voluntários.
A ideia é ser uma referência a profissionais, estudantes e interessados no tema.
"Queremos fazer um Google melhor", disse o chef acerca do projeto Bullipedia.
Adrià afirma que na Wikipédia há pouca informação sobre gastronomia. Ele diz que o objetivo da sua Wiki não é ter milhões de verbetes, mas ser uma ferramenta para que as pessoas possam compreender o significado de cozinha e compartilhar conhecimento e informação.
A ferramenta terá um banco de dados de fornecedores de produtos, em janeiro de 2015, teses sobre cozinhas populares de diferentes países (batizadas de 'CuTesis' na Bullipedia) no mesmo ano e, a partir de 2016, algumas receitas como referência.
A tradução do conteúdo do espanhol para outros idiomas, segundo o chef, dependerá do interesse de cada país.
Confeitaria Colombo
Confeitaria Colombo
Confeitaria Colombo – Fundada em 1894
Sr. Orlando Duque (Garçom mais antigo) |
Biblioteca de Manguinhos - Acervo de culinária
Todos supõem conhecer bem o pão, esse alimento universal e ao alcance diário do paladar de ricos e pobres, mas serão surpreendidos nesse trabalho pela variedade de informações que o tema fornece. Sua antiguidade, que faz desse alimento um produto tipicamente artesão, contrasta, por exemplo, com sua modernidade, no sentido do que já se criou em panificação e da interminável condição de continuar criando. Gourmand World Cookbook Awards 2005 - Melhor Livro sobre Pão Link: http://www.editorasenacsp.com.br/portal/produto.do?appAction=vwProdutoDetalhe&idProduto=20064 |
Falar em Esopo é citar uma sabedoria que não envelheceu, apesar de seus 27 séculos de idade. É mencionar a solidez dos princípios do homem através de perfeitos retratos do seu caráter e das fascinantes variações de seu comportamento. De tão sólidos, estes princípios sobreviveram, tal Homero e Virgílio, à criatividade de seus intérpretes e tradutores, entre eles um certo Jean de La Fontaine.
E eis que, na virada de mais um desses séculos, o jornalista, contista e fotógrafo Pedro Ernesto de Luna resolve dar a sua interpretação às morais e às histórias do fabulista grego, instigado pela curiosidade da neta, pela vocação revelada de pesquisador e pela frugalidade e o frescor dos temas de cada uma das fábulas selecionadas em A fabulosa culinária do Mediterrâneo dos contos de Esopo, todas dignas de animados debates à mesa do jantar.
O serviço deste jantar, mediterrâneo como convém a Esopo, nos é servido por Piero Cagnin, veneziano de nascença, brasileiro por sofisticação, que manteve absoluta fidelidade de técnicas e ingredientes, que, mal desconfiava ele, somente Alain Ducasse soubera descrever, em seu Cuisine de l’essenciel.
A ligação entre a simplicidade dos contos e a leveza das receitas está tramada em um notável arrazoado sobre a gastronomia do Mediterrâneo de Esopo, que Pedro de Luna desenvolveu com apuro histórico e que antecede o capítulo dos Contos e Receitas.
Em seus argumentos, que chegam ao requinte de explicar, seguindo os caminhos marítimos de Esopo, a origem de termos e paladares que levaram os sabores do Mediterrâneo à moda, revirou túmulos tebanos, investigou templos babilônicos e interpretou os dizeres de bíblias e alcorões.
Em resumo, dois autores e suas histórias de alta moral se transformam nesta viagem pela fabulosa culinária mediterrânea dos contos de Esopo, que vai atiçar a mente fabulosa de jovens fabulistas ou a verve fabulista de cozinheiros fabulosos.
Link: http://www.editorarecord.com.br/livro_sinopse.asp?id_livro=20204
AS MELHORES RECEITAS Maria Thereza Weiss Maria Thereza Weiss tem se dedicado à arte da culinária há 50 anos. Depois de muita pesquisa e infindáveis horas à beira do fogão, Maria Theresa decidiu selecionar algumas das milhares de receitas que reuniu durante toda sua vida no livro AS MELHORES RECEITAS. Para facilitar a consulta, Maria Thereza reuniu das mais simples até as mais sofisticadas receitas e as agrupou em diferentes capítulos. No livro, pode-se encontrar tudo sobre chás da tarde, canapés e salgadinhos, massas, sopas, entradas e saladas, frutos do mar, carnes, aves, arroz e risotos, legumes, cogumelos, molhos especiais, fondues e racletes de queijo e sobremesas. Ela ensina como preparar tudo aquilo que se come nos restaurantes e nunca se consegue fazer em casa, como carpaccios diferentes, de salmão ou haddock. Sem contar que AS MELHORES RECEITAS também oferece dicas sobre como organizar cardápios, qual a decoração de mesa mais adequada para as diferentes ocasiões e o que se deve servir em almoços ou jantares à americana ou em brunch.
Link:http://www.extra.com.br/livros/LivrodeGastronomia/Culinaria/Editora-Record-Melhores-Receitas-de-Maria-Thereza-Weiss-82102.html
Era uma vez um alimento cultivado há pelo menos oito mil anos pelos incas. Versátil,, saiu das alturas dos Andes, no século XVI, para espalhar-se por todo o mundo. Dos desertos do Oriente Médio às terras africanas. Introduzido na Ásia pelos holandeses, chegou à China, hoje seu maior produto. Andou pelos céus: foi a planta escolhida para ser observada num espaço sem gravidade, tornou-se estrela da nave Space Shuttle Columbia. Seu grande feio, no entanto, é poder acabar com a fome, a baixos custos e muita rentabilidade. São mais de duzentas espécies botânicas e cinco mil variedades, adaptando- se com facilidade a climas e solos diferentes. Proporciona prazer: do purê às fritas, do bolinho às recheadas. È, pois, com alegria que os Chefs da Associação dos Restaurantes da Boa Lembrança fornecem aqui 66 receitas inéditas e saborosíssimas. Em todas, o clima de alo astral: "Ao vencedor, as batatas!" já dizia Machado de Assis, em "Quincas Borba."
Link: http://www.siciliano.com.br/prod/168342/?pac_id=32597&FIL_ID=102 |
A Dieta Japonesa' reúne algumas receitas deliciosas dessa cozinha típica que é considerada, também, a mais saudável do mundo. Um livro único, ótimo para ser degustado por gourmets e por todos os que sonham em reduzir a cintura sem renunciar aos prazeres da boa mesa. |
Quem é que disse que cozinha não é lugar de criança? Quando estamos bem orientados não há por que não colocar a mão na massa! E quando estamos com fome... Ora, nem todo dia é dia de sanduíche. "Bagunça na Cozinha" resolve esse problema. São mais de 70 receitas, e receitas de verdade, explicadas passo a passo e testadas dezenas vezes por adultos e crianças. Você poderá fazer uma refeição inteira, da salada à sobremesa. E, quem sabe, depois de treinar um pouco, você poderá até dar umas dicas para sua mãe quando ela tiver dificuldade.
Este guia traz informações fundamentais sobre o mundo da bebida mais fascinante do mundo. O guia aborda as variedades de uvas, as regiões produtoras e os estilos de vinhos italianos, além de combinações da bebida com pratos e sobremesas.
Traz ainda as listas dos vinhos Top 10 selecionadas pelo Master Sommelier Vincent Gasnier: 10 melhores vinhos tintos, 10 vinhos brancos mais indicados, 10 segredos essenciais, 10 vinhos ideais para o dia a dia, 10 vinhos excelentes para sobremesa, 10 melhores produtores, 10 fabulosos Amarones, 10 vinhos da Toscana deliciosos, 10 melhores vinhos da região Sul e muito mais.
Fonte: http://livraria.folha.com.br/catalogo/1011198/italia
Caldos de Peixes e de Carne do Norte e da Amazônia
Caldos de Peixes e de Carne do Norte e da Amazônia
É de costume servirem-se os pratos de peixes com uma vasilha de caldo sobressalente temperado com outros estimulantes, como sejam pimenta queimosa, limão, sal, alho, cheiro-verde cortadinho, para aumentar o apetite.
Caldo de Carnes - Os cozidos de carnes bovinas, de carneiro, de porco, de animais de caça, de aves, costumam ser seguidos de vasilhas com uma quantidade de caldo, da mesma panela, porém, mais temperados, com cebola picada, alho, cominho, cebolinha, para dar um gosto mais acentuado ao prato servido. Isto não obsta que seja tomado o caldo sem estes outros temperos, como queiram.
Pirão Escaldado - Do próprio caldo quente, retira-se a quantidade necessária, meio gordurosa, em vasilha adequada, no qual se pões farinha seca ou d'água (escolhida), mexendo-se até ficar ligado; da mesma forma se procede com o pirão ou farofa, quando se menos molhado, para ser colido com carnes fritas, assadas de espeto, ou de grelha, na brasa, à maneira dos churrascos; nesse caso; juntando-se cebola picada, cheiro-verde, tomate e alho.
Angu - É preparado para cozidos de carnes, peixes, com farinha - seca ou d'água (branca), ou farinha de milho (fubá), ficando meio denso, sem a consistência de pirão; por isso é mais delicado; figura quase sempre nos cardápios dos restaurantes, complementando alguns pratos: "peixe cozido com angu", e outros mais.
A Cultura Tropeira e sua Influência na Gastronomia de Minas Gerais
A Cultura Tropeira e sua Influência na Gastronomia de Minas Gerais
Créditos: revistagloborural.globo.com |
De acordo com as pesquisadoras Ângela V. Botelho e Liana M. Reis (2001, p. 310), “tropeiros” era a denominação aplicada a:
homens que conduziam tropas de muares, burros e bestas e penetravam no interior do Brasil transportando todo tipo de cargas e mercadorias.
O cavalo foi introduzido na Colônia pelos portugueses como meio de locomoção e transporte, sendo também utilizados nas guerras.
“Devido ao alto custo e à escassez desse animal, os que mais se adaptaram às ‘picadas” e as trilhas foram o burro e o jumento. Descritos nas obras dos viajantes – Eschwege, Saint Hilaire, Spix e Martius, entre outros -, os tropeiros ocuparam papel de destaque nos séculos XVIII e XIX principalmente em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.
O tropeirismo foi atividade de grande importância para a história econômica do Brasil, e em particular, nas regiões de antiga mineração, atividade produtiva que viveu seu apogeu nos séculos XVIII e XIX.
Percorrendo caminhos e trilhas que ligavam distantes localidades das regiões sul, sudeste e centro-oeste, a atividade foi responsável pelo desenvolvimento do comércio de mercadorias e de animais de carga numa época em que o sistema de transporte dependia quase que exclusivamente destes cargueiros.
De acordo com Antonio Filho (2011, p. 151), a propósito, “o tropeirismo tornou-se uma verdadeira instituição, um modo de vida, com costumes peculiares e regras bem definidas para os diversos tipos de trabalho que envolviam aquela atividade.
Tornou-se, enfim, uma autêntica cultura incorporada à sociedade e fundamental para dinamizar sua existência material”.
Eram os tropeiros que, no lombo de mulas atravessavam os sertões do hinterland brasileiro, levando cargas e realizando longas viagens a fim de comercializá-las.
As mulas eram levadas do Rio Grande do Sul para a feira de Sorocaba, no estado de São Paulo (STRAFORINI, 2001).
Santos também era um centro de negócios desses animais de carga, assim como Congonhas do Campo, em Minas Gerais.
Os tropeiros, originários da Capitania de São Paulo,transportavam alimentos, roupas, escravos, animais, ferramentas, armas e artigos manufaturados para os povoados mineiros, retornando com o ouro.
Os tropeiros transportavam tudo no lombo de burros e mulas, e nas paradas dessas comitivas surgiram diversos povoados.
Uns se desenvolveram mais do que outros, dando origem a vilas, distritos e mais tarde, municípios.
As tropas caminhavam de quatro a cinco léguas diariamente (o que corresponde, aproximadamente a uma distância de trinta a quarenta quilômetros).
Nessas paradas, os tropeiros faziam roçados, plantavam milho e mandioca, para que as futuras tropas que por ali passassem pudessem alimentar as pessoas e os animais que as integravam.
Em relação à mandioca podemos enfatizar que se tornou o produto mais popular da alimentação brasileira desde o início da colonização.
Os bandeirantes, em suas incursões pelas matas, abrindo caminhos e clareiras, deixavam plantações de mandioca para que ao retornarem a determinados lugares, encontrassem alimento para refazer as forças dos integrantes de suas comitivas, desgastadas pelas longas caminhadas, pelo trabalho na garimpagem e pelas lutas contra os índios.
Debret e Rugendas além de mencionarem a mandioca com freqüência em seus textos representam-na também em sua iconografia.
Um dos desenhos de Rugendas reproduz, por exemplo, o trabalho escravo dentro de uma casa de farinha (DEBRET, 1993, RUGENDAS, 1998 a / b).
No século XVIII, com a descoberta de ouro nas Gerais, criadores da Bahia, começaram a levar o seu gado para as minas, seguindo o curso do Rio São Francisco – o rio dos currais -, onde as reses encontravam pastos e depósitos salinos.
Nas rotas dos tropeiros, os pontos de pouso e de feiras – vale ressaltar-, serviam para o comércio do gado, como também de produtos agrícolas e manufaturados para continuar a caminhada rumo ao interior.
Os pousos e feiras assumiram importância também como centros de fabricação e difusão de tecidos de teares manuais, para abastecer os tropeiros e a própria comunidade.
Com a melhoria dos caminhos que ligavam São Paulo às Gerais, as mulas gradativamente foram substituindo os escravos no transporte de cargas e mantimentos para a área mineradora, assim como na descida do ouro para os portos de Santos ou de Parati.
Às margens dos novos caminhos surgiam plantações de milho para alimentar os muares, assim como locais de pouso para condutores que muitas vezes traziam de longe, mensagens, cartas e notícias para os moradores.
Merece destaque, ainda, então, a criação de suínos cujos subprodutos – toucinho e banha –, eram amplamente consumidos pela população das Minas Gerais (muitas vezes desenvolvida nos quintais urbanos ou rurais).
A dieta dos tropeiros marcou a culinária do brasileiro nas várias regiões por eles percorridas.
Os alimentos empregados no preparo de sua comida tinham que ser duráveis, secos e fáceis de carregar além de proporcionarem energia suficiente para o trabalho.
Com sua atividade, aos poucos foram se regionalizando hábitos alimentares que faziam parte do seu dia-a-dia, do seu espaço vivido.
Sua dieta baseava-se, em geral, em alimentos não sujeitos à fácil deterioração, como feijão, toucinho, fubá, farinha, café e carne salgada.
Quando os pousos se davam próximos a algum lugarejo, se buscava nas vendas, carne e lingüiça, além de outros alimentos, que lhes permitiam uma diversificação de dieta.
Em cada localidade, novos produtos eram adquiridos para serem consumidos; e outros, eram aí vendidos.
O “feijão tropeiro” se expandiu por todo o caminho percorrido por esses viajantes intrépidos.
Seus ingredientes básicos são: feijão, ovos, farinha de milho ou de mandioca, carne seca (de boi ou de porco), ou ainda linguiça.
Porém sabe-se que, dependendo da região, o prato apresenta variantes em relação aos tipos de carnes salgadas, ou mesmo, em relação à(s) forma(s) de preparo da iguaria e ao local onde os tropeiros cozinhavam o feijão.
Além da culinária, a atividade do tropeirismo contribuiu para a integração territorial das diversas regiões de Minas e teve grande importância no desenvolvimento econômico da região, no seu povoamento e formação de uma identidade regional.
E mesmo com o enfraquecimento do movimento tropeiro, as influencias deixadas por ele podem ser percebidas até os dias atuais em localidades como os distritos e a sede da cidade de Ouro Preto, bem como em outras regiões do estado de Minas Gerais.
Retirado do texto: A Produção de Alimentos Tradicionais em Territórios Rurais e Urbanos
I SEMINÁRIO SOBRE ALIMENTOS E MANIFESTAÇÕES CULTURAIS TRADICIONAIS
Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE – 21 a 23 de maio de 2012
Autores: Henrique Moreira de Castro
Prefeitura Municipal de Betim – MG / Secretaria de Governo
hmc8@terra.com.br
José Antônio Souza de Deus
Programa de Pós-Graduação em Geografia
Instituto de Geociências / UFMG
jantoniosdeus@uol.com.br
Paulo Henrique Correia da Silva
Escola Estadual Custódio Félix- Ribeirão das Neves/ MG
pauloleo_255@yahoo.com.br